MOTIVANDO A DIREÇÃO
Motivação para a Direção é algo especial. Neste nível os mesmos estão voltados à condução de um negócio e não de um departamento funcional, portanto sua orientação é para com as metas do negócio – Vendas, despesas, lucros, retorno sobre o investimento. Esta mesma orientação influencia sua visão da Qualidade – sua preocupação maior é com o efeito da Qualidade sobre os resultados dos negócios da Organização.
Para o controle: A direção tende a se manter ausente dos aspectos do controle no dia-a-dia. Sua sistemática é a de se garantir que o plano de controle foi estabelecido, após o que eles delegam a execução do plano aos gerentes de linha. Em adição a isto, a direção vem demandando crescentemente as revisões independentes (auditorias, relatórios) para prover a garantia de que o plano de controle vem sendo seguido.
Para a melhoria: A orientação para os negócios age na direção de forma a criar uma sistemática seletiva para a melhoria da Qualidade. No topo das prioridades da direção está o programa contínuo de desenvolvimento de novos negócios.
A razão de negócio por trás desta prioridade é a de criar novas fontes de venda ou rebater a queda das vendas devido à obsolescência dos produtos atuais.
Este programa de desenvolvimento de novos negócios é desenvolvido de acordo com uma sistemática muito bem estruturada. Cada proposta de novo negócio é estabelecida como um projeto legitimado. São esclarecidas claramente as responsabilidades para a condução de cada projeto. Previsões para diagnósticos incluem um Departamento de Novos negócios.
Desenvolvimento de novos negócios é tipicamente o único programa de melhoria da Qualidade que a direção suporta de forma continuada. Outras excursões pela melhoria da Qualidade são usualmente respostas à sinais de alarme tais como casos notórios de Qualidade pobre os quais são danosos as vendas e à relações com o consumidor ou os casos de perda de mercado devido a competidores com Qualidade superior. Em adição, a direção responde à s oportunidades de reduzir custos de má Qualidade onde estas oportunidades são apresentadas em linguagem de negócios.
Para o envolvimento: Este não é, certamente, um problema para a direção, ninguém é mais envolvido com o progresso da empresa. O que algumas vezes gera problemas é um programa mal direcionado.
Alguns diretores são mal informados sobre a performance da Qualidade da empresa e especialmente sobre as forças que determinam se a performance da Qualidade será boa ou má. Tais diretores podem ser surpreendidos por problemas isolados de Qualidade. Podem também ser persuadidos a embarcar em programas, com base em publicidade, de envolvimento da força de trabalho, sem sequer saber se os problemas existentes são passáveis de solução em nível operacional.
MOTIVANDO GERENTES
Para o controle: Toda empresa mantém gerentes responsáveis pelo atendimento de padrões de qualidade, custos, prazos de entrega, etc. Em adição a isto, estas empresas estabelecem várias formas de soar o alarme quando estes padrões não são atendidos: Auditorias, informes gerenciais, etc. Os gerentes, como regra, aceitam a responsabilidade pelo atendimento dos padrões e pela ação quando do sinal de alarme.
Para a melhoria: Embora os gerentes sejam definitivamente favoráveis à melhoria da Qualidade, sua melhoria é raramente tão bem estruturada como sua sistemática para assegurar o controle. Esta deficiência no que diz respeito a assegurar a melhoria da Qualidade se deve a três causas maiores:
* Falta de clara prioridade por projetos;
* Responsabilidade não clara na condução dos projetos;
* Responsabilidade não clara para o diagnóstico.
Tais causas sugerem que assegurar-se a melhoria da Qualidade pelos gerentes é mais uma questão de metodologia do que de motivação.
Nenhum desejo de melhoria trará resultados a menos que sejam definidos os projetos e estabelecidas as prioridades e esclarecidas as responsabilidades.
Aà cabe uma questão – A Melhoria da Qualidade deve ser de responsabilidade do gerente ou esta deve se ater à questão do controle? Esta questão deve ser objeto de concenso de toda a empresa.
Geralmente a maioria dos gerentes não se responsabilizam pela melhoria e sim pelo controle.
Para o envolvimento: Este raramente é um problema para o gerente, pois o seu progresso é fortemente relacionado com o seu envolvimento nas questões da empresa. No que diz respeito à s questões da Qualidade o seu envolvimento costuma ser muito tÃmido, por mera falta de conceitos
no assunto. Mas todos concordam que ela é necessária, o que facilita bastante este envolvimento.
MOTIVANDO O PESSOAL OPERADORES
O fato de que a maioria dos funcionários de uma empresa são operadores (no sentido amplo da palavra) é motivo suficiente para explicar a preocupação da direção para com a motivação destes operadores. Este fator quantitativo tem guiado os gerentes a concluirem que a força de trabalho (operadores) é a maior influência nos problemas da Qualidade. A realidade porém é outra, a maioria dos defeitos são devidos às influências gerenciais. Há ainda outros erros conceituais cometidos por alguns gerentes, quais sejam:
* A Qualidade do artesão era melhor, ele tinha orgulho do seu resultado, coisa que os operadores atuais não têm e por isso erram.
* Quem planeja não executa, quem executa não planeja (Taylor).
* O rendimento monetário destes erros conceituais perpetuam a má Qualidade, pois propiciam o acobertamento do foco do problema – Qualidade requer desenvolvimento de sistemas capazes de propiciar o acerto, e isto é de responsabilidade da gerência.
CONCLUSÃO
Acreditamos que você tem condições de analisar seus próprios exemplos em sua empresa e verificar em que estágio sua empresa se encontra, como e quando você poderá fazer uso destas técnicas.
É importante lembrá-lo que a ajuda de especialistas nesta área a fim de facilitar as mudanças que porventura tornem-se necessárias é essencial.
MaurÃcio Luiz Szacher
Joel Bueno da Costa Filho
ADW Consultoria